Métrica

20 de agosto de 2023

ADEMIR CÂNDIDO - Brazilian Jazz


JAZZ
1993
Bitrate 256 kbps
[cd quality]+

O gaúcho Ademir Cândido, 48 anos, ouviu choro e senenata desde menino, com o pai que tocava acordeão e saxofone. O roque, a bossa nova, o jazz e outros gêneros passaram por ele até chegar ao chorinho. Mas era tempo de ascensão do roque e o garoto Ademir gostava de percussão. Ouvia músicas no rádio e acompanhava batucando no bujão de gás e, no calcanhar, o som do bumbo no assoalho da cozinha. Com 14 anos aprendeu meia dúzia de acordes na guitarra e começou a tocar. Em quatro anos, evoluiu o suficiente para que Porto Alegre ficasse pequena demais. "Com 18 anos, criei coragem e fui para São Paulo porque queria aprender mais", relembra o músico. Na capital paulista, Ademir foi tocar na noite, numa boate na Liberdade. Quatro anos depois, o músico gaúcho foi para o Rio a convite de Nenê, que havia tocado com Elis Regina e tocava com Hermeto Pascoal. Através dele, foi conhecendo outros músicos famosos como os bateristas Robertinho Silva e Paulinho Braga, Novelli, Filó Machado e muitos outros. "Meu primeiro concerto instrumental foi com Nivaldo Ornelas, no Rio, e isso foi abrindo espaço pra mim". Seguiram-se temporadas em que acompanhou e fez arranjos para Fafá de Belém e Leny Andrade. Entre temporadas no Rio e em São Paulo, Ademir Cândido continuou a compor e fazer arranjos, sempre tendo a guitarra como instrumento principal e já com influência de bossa nova, jazz etc. Ele conhecia um grupo que tocava na Espanha e que veio para a Suíça. Convidaram Ademir e ele passou dois anos e meio tocando com eles na Suíça. Voltou para o Rio para gravar seu primeiro disco (Ademir Cândido Brazilian Jazz, em 1993), com convidados especiais conhecidos como Robertinho Silva, Luiz Alves, Luisão Maia e Mauro Senise, entre outros. Compondo e fazendo arranjos, Ademir Cândido tem três trabalhos distintos. Um com o grupo Samambaia em que o propósito é tocar música dançante mas também para ouvir, com arranjos originais. Em paralelo tem o quarteto com o baterista cubano Julio Barreto (dois cubanos e dois brasileiros), tocando música cubana, brasileira e africana com linguagem jazzística e um disco gravado. Tem ainda o quarteto ou quinteto Choro Alegre. "Tenho o maior respeito pela tradição e acho que as raizes precisam ser preservadas. Isso não quer dizer que a gente vai regravar sempre os mesmos autores. Toda arte pode e deve evoluir e o choro também. Meu trabalho é uma mistura do tradicional com coisas mais modernas mas sem perder a essência", conclui Ademir Cândido. [Fonte: swissinfo]

The gaucho Ademir Candido, 48, heard weeping and senenata since childhood, with a father who played the accordion and saxophone. The rock, bossa nova, jazz and other genres have gone through it to reach the choro. But it was time to climb the rock and the boy liked Ademir percussion. Listened to songs on the radio and drumming accompanied the gas cylinder and the heel, the sound of the bass drum on the kitchen floor. 14 years learned a handful of chords on the guitar and started playing. In four years it has evolved enough that Porto Alegre became too small. "At 18, I plucked up courage and went to Sao Paulo because I wanted to learn," recalls the musician. In São Paulo, Ademir was playing at night, at a club in Liberty. Four years later, the gaucho musician was invited to the River Nene, who had played with Elis Regina and played with Hermeto Pascoal. Through him, was meeting other famous musicians like drummers Robby Silva and Paulinho Braga, Novelli, Filo Machado and many others. "My first concert was instrumental with Nivaldo Ornelas, in Rio, and it was making room for me." Followed seasons that followed and made arrangements for Fafa de Belem and Leny Andrade. Between seasons in Rio and Sao Paulo, Ademir Candido continued to compose and make arrangements, always taking the guitar as the main instrument and has influenced bossa nova, jazz etc.. He knew a group that played in Spain and came to Switzerland. Ademir invited and he spent two and a half playing with them in Switzerland years. He returned to Rio to record their first album (Ademir Candido Brazilian Jazz, 1993), with special guests known as Robby Silva, Luiz Alves, Luisão Maia and Mauro Senise, among others. Composing and arranging, Ademir Candido has three distinct works. With one group Fern in which the purpose is to tap dance but also to listen to music with original arrangements. In parallel has the quartet with Cuban drummer Julio Barreto (two Cuban and two Brazilians) playing Cuban, Brazilian and African music with jazz language and a recorded disc. Still has the quartet or quintet Choro Alegre. "I have the utmost respect for tradition and I think the roots need to be preserved. This does not mean that we will always rewrite the same authors. All art can and should evolve and crying too. My work is a mix of the traditional and more things modern without losing the essence, "concludes Ademir Candido. [Source: swissinfo]

Total Time: 48 min

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